segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O porquê de ser feriado - A Restauração da Independência de Portugal



Em 1 de Dezembro de 1640, termina o período de 60 anos em que o Reino de Portugal, foi governado pela família de origem austríaca dos Habsburgos, com o fim do reinado de D.Filipe III (conhecido como Felipe IV em Espanha).Na realidade, a dinastia do ramo hispânico dos Habsburgos ficou em Portugal conhecida como Filipina, por todos os monarcas se chamarem Filipe.

Quando em 1578 Portugal foi derrotado na batalha de Alcacer Quibir, o reino ficou sem rei ou sucessor. Durante dois anos o trono foi ainda ocupado pelo Cardeal-Rei D. Henrique, mas os direitos do monarca Habsburgo por um lado e o seu dinheiro por outro, levaram a que grande parte da nobreza portuguesa aceitasse o domínio de um rei estrangeiro.

Quando em 1640 os nobres portugueses, muitos deles desiludidos com o não cumprimento das promessas dos monarcas espanhóis decidem revoltar-se.


O que aconteceu em 1640 ?
Em Portugal os nobres recusam-se a acatar ordens do Rei, e pressionam o mais rico e influente representante da nobreza portuguesa - o Duque de Bragança - para que aceite chefiar uma revolta para voltar a colocar uma monarca português no trono em Lisboa, terminando assim o período de União Ibérica. A revolta deveria impedir que com os planos de unificação forçada do Primeiro Ministro Conde-Duque de Olivares o país e a sua autonomia perante a coroa em Madrid fossem destruídos.

A nobreza pressionou o Duque de Bragança, o herdeiro de Catarina de Bragança (a pretendente ao trono que em 1580 tinha mais legitimidade), quando Filipe II de Castela tomou o lugar de rei, após ter subornado grande parte da nobreza portuguesa.

Os nobres tiveram também todas as cautelas para não transformar a revolução de 1640 numa revolução de cariz popular. O golpe teria que ser dado, e só depois disso se deveria informar o povo de Lisboa, quando a situação já estivesse sob controlo.

Em Lisboa, quem garantia o poder real, era a duquesa de Mântua que tinha o cargo de Vice-Rainha, e era prima de Filipe III, tendo sido designada para o lugar, em completa contravenção com o compromisso assinado 60 anos antes por Filipe I. Quem protegia militarmente a administração, eram mercenários católicos de origem alemã, que eram um dos principais esteios do poder militar da decadente coroa dos Habsburgos.



O dia 1 de Dezembro
Ao despontar do dia 1 de Dezembro de 1640, o que deve ter acontecido por volta das 07:00 horas entram no palácio real cerca de 40 nobres portugueses, conhecidos pelos «conjurados», que rapidamente controlam a guarda de tudescos. Procuram o secretário de estado Miguel de Vasconcelos cuja morte tinha sido inicialmente determinada. Executam-no, e obrigam pela força a duquesa de Mântua a ordenar a rendição das forças castelhanas no castelo de São Jorge e nas fortalezas que defendem o rio Tejo, a torre de Almada e a torre de Belém.

Só por volta das 10:00 horas da manhã é que o povo de Lisboa tem conhecimento do sucedido, já o duque de Bragança é Rei de Portugal.

Embora guiada e conduzida pela nobreza portuguesa, a revolução tem uma aceitação total. Em todo o país quando se conhece a boa nova da destituição da duquesa e do fim do domínio dos Habsburgos, há movimentações de regozijo. As várias cidades do país declaram o seu apoio a D. João IV em poucos dias.
No dia seguinte pela manhã, 2 de Dezembro, a notícia chega a Setúbal, onde a população cerca a fortaleza de São Filipe, onde se encontrava uma guarnição de italianos e alemães e é tomada a fortaleza do Outão, garantindo assim a protecção de Lisboa contra eventuais desembarques.
O duque de Bragança só chega a Lisboa no dia 6 de Dezembro para ser aclamado rei. Nas duas semanas que se seguem, todo o país, nobres e municípios, se declara por D. João IV, sem que seja disparado um único tiro.

Capacidade de recuperação e resistência
No entanto, contra todas as expectativas, contra muitas previsões e contra a própria lógica, o país resistiu.

Portugal resistiu às investidas castelhanas e ainda hoje é difícil entender como o conseguiu fazer.

O mito da aliança com a Inglaterra, nunca passou disso. Portugal encontrava-se completamente sozinho, com os países católicos a apoiarem o governo de Madrid, com o Papa a não reconhecer Portugal, e com os países protestantes nada interessados na Paz com Portugal, quando estavam interessados em atacar as possessões que ainda eram legalmente portuguesas.

Mesmo arruinado, esfomeado, decadente, o país conseguiu reunir forças para enfrentar exércitos que sabia haviam de chegar, e que sabia serem inevitavelmente muito superiores.

Em 1641 foi votado um imposto extraordinário chamado a décima militar, em que cada cidadão tinha que contribuir com 10% de todos os seus bens, para se levantar a defesa do país.

A contribuição para a defesa do país, foi muito mais pesada que a exigida durante o período dos monarcas Habsburgo. No entanto não existem notícias de quaisquer protestos contra este imposto.



Consta que os espanhóis vão começar a comemorar este dia: O DIA EM QUE SE LIVRARAM DOS PORTUGUESES...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Inauguração de Iluminação Pública a LED no Norte Alentejo‏


No âmbito do Projecto ILUPub – Melhoria da Eficiência Energética na Iluminação Pública, financiado pelo INAlentejo, a AREANATejo, a CIMAA e a EnergiaViva, em colaboração com as Câmaras Municipais de Castelo de Vide, Marvão, Portalegre e Sousel, vão instalar luminárias com tecnologia LED (light emitting diode) em quatro ruas destes municípios. A saber, Rua de Santo António (Póvoa e Meadas), Avenida do Movimento das Forças Armadas (Portalegre), Rotunda e Vias de Acesso da Portagem e Rua Pedra Moura e Rua Aldeia Nova (Sousel).

Os equipamentos aplicados, da marca UrbanLED, são produzidos em Portugal pela EXPORLUX, uma empresa accionista da Energia Viva, e resultam de uma parceria de desenvolvimento internacional com a PHILIPS Limuleds e com a FRAEN Corporate.

Este projecto-piloto permitirá às autarquias uma redução significativa dos consumos de energia nestas instalações, e consequentemente, das emissões de CO2 associadas, reduzindo por sua vez os seus custos de exploração.

Mais uma vez o executivo camarário do nosso concelho ficou para trás, as razões são desconhecidas, assim como o avanço da inovação tecnológica por aqui. Quem acaba por perder são os munícipes, todos em geral e os de Alpalhão em particular, porque eventualmente poderia ser uma das localidades piloto neste projecto.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A nossa história

Numa altura em que muito se discute a cultura em Alpalhão, venho sugerir uma situação.


Em 1984 foi editado um livro de seu titulo AL PALH’AM – História e Património, por Jerónimo M. Canatário. Livro este que insere em contexto histórico a evolução da vila, faz uma detalhada explicação de todos os monumentos presentes em Alpalhão, usos e costumes, trajes tradicionais, património cultural entre outros até à data da sua edição.
Este livro circula por algumas casas desta vila, mas acredito que são mais as pessoas que não têm conhecimento da sua existência, do que as que o tem.

Alpalhão e os seus mereciam uma reedição deste livro, com actualização de tudo o que foi acontecendo nestas ultimas décadas.

Julgo ser uma forma de educação para esta juventude que ainda se vai vendo nas ruas de Alpalhão, e aumentar o conhecimento da história da vila aos muitos para os quais Alpalhão não tem história.

Lanço este repto ao novo executivo da Junta de Freguesia, à LIAAL (não bastam palestras acerca de canonizados, que pouca relação têm com a vila) e à AJAL (as festas não são a única forma de entreter e formar os jovens da nossa terra).

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Afinal o que é aquele "Calhau" ?!

Concerteza muita gente já se deparou com esta pergunta, quando deu de caras pela primeira vez com aquele bloco de pedra que se encontra no Jardim da Devesa, quase junto à Praça(Mercado).
Aquela pedra é um Tafoni...



Então, o que é Tafoni?
Tafoni são cavidades profundas ou ocas produzidas pela meteorização cavernosa nas zonas laterais, incluindo lados interiores, de afloramentos rochosos e pedras. Este tipo de meteorização cavernosa, incluem minúsculos poços, pequenas e médias cavidades, enormes cavernas do tamanho de camiões e formas celulares compostas que fazem lembrar favos de mel. Ocorrendo em grupos, normalmente é desenvolvido em superfícies verticais ou inclinadas.

Estas requintadas e fascinantes formações de meteorização estão presentes na superfície de muitos tipos diferentes de rochas como granito, arenito ou calcário podendo ser observadas num grande número de regiões geográficas da terra desde as regiões polares ao equador. Estas belíssimas formações que denominamos por tafoni podem possuir outros nomes noutras regiões do planeta como erosão alveolar, gnammas na Austrália, favos de mel, reticulados de pedra, buracas ou rochas entrelaçadas.

Como surge...
Ainda não é muito bem compreendida a sua origem. Existe, no entanto, algum consenso que resultam da meteorização inicial ao longo das juntas, fracturas ou outras linhas mais frágeis, especialmente nas zonas onde a água pode residir. Pensa-se que as depressões vão sendo alargadas através da progressiva descamação das superfícies interiores e a sua desintegração granular, provavelmente como resultado da cristalização do material salino dissolvido a partir da rocha, transportado pelo vento para a rocha, ou pelo salpico sobre a rocha por água do mar. O processo de endurecimento da superfície externa é comum, mas as paredes que se vão separando das cavidades não são alteradas. Provavelmente o material descamado das cavidades acaba por ser removido pelo vento.

São necessários diversos ciclos de humedecimento e secagem ao longo de muito tempo até que estás cavidades comecem a ser visíveis. O tafoni de rochas existentes nas zonas entre marés é normalmente encontrado nos planos horizontais do seu interior. O crescimento deste tipo de tafoni é limitado pela taxa de evaporação e pelo sol. A partir da altura em que as cavidades tomam dimensões suficientemente largas para atrasar o processo de toda a água existente no seu interior, o seu crescimento estaciona uma vez que o sal não pode secar.

A causa da característica padrão do tafoni em áreas supratidal sobre o plano vertical está ainda em debate. Alguns geólogos acreditam que as paredes laterais dos alvéolos podem ser protegidos da meteorização pelo sal por algas microscópicas, enquanto outros acreditam que as variações dos seus ciclos de endurecimento, eólico, exposição solar, humedecimento e secagem mineralógica dentro da pedra podem ser os responsáveis. Provavelmente, uma combinação desses factores produz estas delicadas estruturas.

Desconhece-se a origem deste Tafoni, foi trazido para Alpalhão no decorrer de uma Bienal da Pedra, tendo ficado por cá, sendo posteriormente colocado no local onde se encontra, após a requalificação do Largo da Devesa.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Primeiras actividades dos eleitos para a Junta de Freguesia

Ao que parece o novo executivo já arregaçou as mangas e pôs mãos à obra!


Efectuou a remoção dos contentores do lixo que se encontravam anexos à Junta de Freguesia, e redistribuiu-os pelo Largo do Terreiro e pela Rua da Regata.
A retirada dos baldes do lixo com a justificação do mau cheiro dentro da sala da Junta de Freguesia e a limpeza e higiene de um dos largos outrora mais importantes da Vila, não deveria implicar o aumento de lixo noutros locais (Largo do Terreiro e Rua da Regata), esses que já estão munidos de um verdadeiro batalhão de contentores de lixo. Em frente ao Zé Alguém das bicicletas, existe um poço no meio do largo, esse poço está completamente rodeado pela "Ilha de Contentores de Lixo", que ali puseram.

Partindo do mesmo principio da retirada dos contentores do lixo do largo da junta de freguesia, também deveriam ser retirados aqueles que estão em frente de uma das portas da Sociedade Recreativa Alpalhoense. Ou aqui já não interessa o asseio?!

Não tenho nada contra a retirada dos contentores do local onde estavam, estou contra a redistribuição dos mesmos por outros locais da Vila.
Quanto ao asseio geral da Vila de Alpalhão, que foi uma das bandeiras do actual presidente da junta durante a campanha, ao dizer que "...Alpalhão está porca [...] isto não pode continuar...", parece que continua tudo na mesma, é verdade que os Plátanos como árvores de folha perene, as estão a deixara cair nesta altura, fácil seria a limpeza diária das ruas e a começar pelo Largo da Devesa e ir por aí a cima.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mais uma voz "activa" em Alpalhão

São de salutar espaços de discussão, assim envio os parabéns ao/à promotora do projecto Do largo do Coreto . O único senão deste tipo de actividade, é a não participação activa dos cidadãos, nas discussões lançadas neste espaços.
Pretende-se acima de tudo que não sejam locais de "lavagem de roupa suja", apenas locais de expressão de opinião.

Bem haja!

P.S. - a grande problemática é tal como aqui, o anonimato dos autores dos posts. A critica é sempre bem vinda, mas há sempre quem não goste de ouvir verdades e parta para outro tipo de acção pouco digna.